Entre o sonho e a realidade... ainda falta um "Danoninho"

Gostaria antes de mais de agradecer a todos aqueles que de alguma forma ajudaram a folhear mais um pagina deste longo livro que é a ginástica da Tuna. A todos os pais, que nos acompanharam, dando assim um maior brilho a nossa participação, eu gostaria de dar os meus parabéns pela sua presença, interesse e atitude.

Uma manhã fria e chuvosa, era o que esperava todos aqueles que iriam participariam no Campeonato de Teamgym de 2008.

Com a chegada ao pavilhão S.João de Brito, Lumiar-Lisboa, o ambiente ensonado pairava no ar, mas depois de terem calçado as sapatilhas os mais novos e estreantes começaram a aperceber que estavam perante uma realidade que ultrapassava a presença num simples Festival Gimnico. A hora da verdade chegou e a ansiedade também, mas com o decorrer da competição, a miudagem da classe júnior foi acreditando que afinal estavam ali porque mereciam, e estar ali, era poder desfrutar um momento para o qual tinham trabalhado muito e provavelmente nem sabia bem ao que ia.

Mais tarde entrou em acção a classe sénior com mais algum experiência mas também aqui e ali salpicada por alguns elementos novos com falta desta, o peso de termos sido campeões no ano transacto elevou as expectativas e os sonhos de alguns, mas por vezes isso só não chega.

Para finalizar em quanto técnico que trabalho diariamente com estes miúdos fiquei com a sensação de ter sabido a pouco...

Aos mais novos dir-lhe-ei que com trabalho e a aplicação até hoje demonstrada o futuro a vós pertence, aos outros penso que algo mais poderia ter sido feito, não ali, mas nos treinos, local aonde muitas vezes os atletas não dão o devido valor mas no fundo acaba por ser ai que mora a fabrica de sonhos daqueles que gostam muito de ginástica, não querendo ser muito pragmático e longe de mim ser o dono da verdade, custa-me muito sentir que se o trabalho de grupo fosse mais presente os resultados seriam outros e a compensação final também, mas enquanto não entenderem o que é espírito de grupo na ascenção da palavra muito dificilmente ultrapassarão aquele " Danoninho ", que sempre falta para passarmos do sonho a realidade...

Ca-bé.